Advogado trabalhista para gerente de relacionamento: quando o profissional de confiança é explorado além do limite

O cargo de gerente de relacionamento é um dos mais estratégicos dentro de bancos e instituições financeiras. A missão é clara: manter a carteira ativa, bater metas, atender clientes com excelência e aumentar os resultados da agência ou segmento. Mas por trás dessa posição de “confiança”, o que muitos ignoram é que muitos direitos trabalhistas estão sendo violados — e o banco se aproveita da nomenclatura para mascarar excessos e evitar pagamentos devidos.

Se você atua ou atuou como gerente de relacionamento e se identifica com essa realidade, um advogado trabalhista pode ser a chave para recuperar o que é seu por direito.

Os principais abusos enfrentados por gerentes de relacionamento

Mesmo com salários acima da média, o gerente de relacionamento é, muitas vezes, sobrecarregado e enquadrado como “cargo de confiança” apenas para burlar direitos trabalhistas básicos. Veja os problemas mais comuns:

• Horas extras não pagas
  • Muitos gerentes trabalham muito além da jornada legal, inclusive em finais de semana, feriados e após o expediente — sem qualquer controle formal e sem receber por isso.

• Metas abusivas e cobranças diárias
  • A pressão constante para bater metas de vendas, retenção e produtos financeiros pode gerar crises de ansiedade, esgotamento e até afastamentos médicos.

• Acúmulo de função
  • É comum o gerente acumular tarefas administrativas, comerciais, operacionais e até de liderança — sem compensação salarial.

• Falta de intervalo real para descanso
  • Reuniões, contatos com clientes e atendimento a diretoria ocupam todo o expediente, inclusive o horário do almoço.

• Desligamento com perda de bônus, comissões e PLR

• Em muitos casos, os valores variáveis conquistados ao longo do período não são pagos na rescisão — o que é ilegal.

“Cargo de confiança” não significa abrir mão de todos os seus direitos

A CLT permite que cargos de confiança tenham tratamento diferenciado, mas isso exige critérios claros, como:

• Poder de gestão real, com autonomia e subordinação apenas à alta liderança

• Participação em decisões estratégicas

• Diferença salarial de, no mínimo, 40% em relação aos demais empregados

Se o banco apenas “nomeou” você como gerente de relacionamento, mas você seguia ordens, batia ponto e não tinha autonomia, o enquadramento como “confiança” é falso — e seus direitos como trabalhador comum devem ser garantidos.

Dúvidas frequentes de gerentes de relacionamento

Sou gerente, mas não tinha autonomia para tomar decisões. Posso pedir hora extra?
Sim. Se você não exercia poder de gestão real, pode pedir o pagamento retroativo das horas extras, mesmo sendo “cargo de confiança” no papel.

Trabalhava em casa e fora do expediente resolvendo pendências com clientes. Isso pode ser cobrado?
Sim. Atividades fora do expediente, mesmo remotas, são computadas como jornada e devem ser remuneradas.

Acumulei tarefas de coordenador, administrativo e comercial. Tenho direito à diferença salarial?
Sim. Isso caracteriza acúmulo de função, que pode ser cobrado judicialmente com reflexos em férias, FGTS e 13º.

Fui desligado e não recebi o bônus trimestral que bati. Posso recorrer?
Sim. Se houver provas da meta batida ou costume de pagamento, o bônus pode ser exigido, inclusive com juros e correção.

Já defendemos gerentes de relacionamento de grandes bancos. Fale com um advogado

Na KSC Advogados, temos experiência com ações trabalhistas de gerentes de relacionamento, inclusive de bancos como Bradesco, Itaú, Santander, BV, entre outros. Sabemos como funciona o dia a dia desses profissionais e as práticas mais comuns que violam a legislação.